quarta-feira, 14 de abril de 2010




NÃO PODEMOS IGNORAR!

Está na rua o Boletim Informação da Câmara Municipal, referente ao mês de Janeiro de 2010, bem como o Boletim – Freguesia do Barreiro- 523 anos.

A leitura de um e de outro conduz-nos a uma imagem de progresso, prosperidade, desenvolvimento e bem estar, numa freguesia e num concelho dominados pelas obras que se concentram no coração da cidade; são, a título de exemplo, o Fórum, o Mercado 1º de Maio, a Escola Prof. Joaquim Rita Seixas, o projecto Repara, esse agora aprovado para a Zona Ribeirinha, para além do apoio ao Carnaval e ao Teatro, entre outros.

São referências que marcam um determinado olhar sobre o Barreiro e de destacar, sem dúvida. Contudo, quem lê qualquer dos referidos órgãos informativos, não fica com a noção do muito que há por fazer em cada freguesia (em algumas mais, em particular,) e no concelho no seu todo, relativamente aos problemas sociais, de miséria e de fome, diga-se claramente, ou aos problemas de insegurança e violência que, aos poucos, vão ganhando expressão no Barreiro.

É no mesmo centro, onde se aglomeram as grandes obras, que tendem a mudar a imagem da cidade que, com maior frequência do que se imagina, se praticam assaltos e desacatos de tipo diversificado.

Até há pouco tempo, o Barreiro Velho era o espaço referenciado por este tipo de situações; hoje é, em zonas como a do chamado “Quatro Cantinhos”, bem perto dos Correios Centrais, que se assaltam pessoas e casas, mas é também em plena Rua José Relvas – uma perpendicular à rua principal (Av. Alfredo da Silva), que se assaltam cafés e automóveis.

Nesta rua, a população já se movimentou e fez chegar à Junta de Freguesia, na pessoa do seu Presidente, um abaixo assinado para que se ilumine devidamente o espaço onde, no Inverno, pelas 17h, as famílias que vão esperar as suas crianças à Escola Primária, ficam rapidamente às escuras.

A quem compete resolver? – perguntar-se-á. À falta de resposta cabal, parece evidente que o poder local deverá associar-se à população para encontrar a solução.

Os jornais locais vão alertando, fazendo eco de situações que substanciam acontecimentos como os referidos, com títulos como “Número de assaltos cresce no Concelho”. Reagir com inactividade, é não responder.

ROSÁRIO VAZ

Deputada Municipal do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal do Barreiro

Membro da Concelhia do BE-Barreiro

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