sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


NÃO PODEMOS IGNORAR!

Está na rua o Boletim Informação da Câmara Municipal, referente ao mês de Janeiro de 2010, bem como o Boletim – Freguesia do Barreiro- 523 anos.

A leitura de um e de outro conduz-nos a uma imagem de progresso, prosperidade, desenvolvimento e bem-estar, numa freguesia e num concelho dominados pelas obras que se concentram no coração da cidade; são, a título de exemplo, o Fórum, o Mercado 1º de Maio, a Escola Prof. Joaquim Rita Seixas, o projecto Repara, esse agora aprovado para a Zona Ribeirinha, para além do apoio ao Carnaval e ao Teatro, entre outros.

São referências que marcam um determinado olhar sobre o Barreiro e de destacar, sem dúvida. Contudo, quem lê qualquer dos referidos órgãos informativos, não fica com a noção do muito que há por fazer em cada freguesia (em algumas mais, em particular,) e no concelho no seu todo, relativamente aos problemas sociais, de miséria e de fome, diga-se claramente, ou aos problemas de insegurança e violência que, aos poucos, vão ganhando expressão no Barreiro.

É no mesmo centro, onde se aglomeram as grandes obras, que tendem a mudar a imagem da cidade que, com maior frequência do que se imagina, se praticam assaltos e desacatos de tipo diversificado.

Até há pouco tempo, o Barreiro Velho era o espaço referenciado por este tipo de situações; hoje é, em zonas como a do chamado “Quatro Cantinhos”, bem perto dos Correios Centrais, que se assaltam pessoas e casas, mas é também em plena Rua José Relvas – uma perpendicular à rua principal (Av. Alfredo da Silva), que se assaltam cafés e automóveis.

Nesta rua, a população já se movimentou e fez chegar à Junta de Freguesia, na pessoa do seu Presidente, um abaixo assinado para que se ilumine devidamente o espaço onde, no Inverno, pelas 17h, as famílias que vão esperar as suas crianças à Escola Primária, ficam rapidamente às escuras.

A quem compete resolver? – perguntar-se-á. À falta de resposta cabal, parece evidente que o poder local deverá associar-se à população para encontrar a solução.

Os jornais locais vão alertando, fazendo eco de situações que substanciam acontecimentos como os referidos, com títulos como “Número de assaltos cresce no Concelho”. Reagir com inactividade, é não responder.

ROSÁRIO VAZ

Deputada Municipal do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal do Barreiro

Membro da Concelhia do BE-Barreiro

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


A segurança no Barreiro…

O Bloco no domínio estrito da segurança pública preconiza: um sistema assente na prevenção e de base comunitária; policiamento de proximidade em consonância com a intervenção das populações nos conselhos de segurança; investimento na integração social e em bons equipamentos educativos, culturais e sociais nos bairros/zonas críticas; mobilização dos serviços públicos para uma intervenção de proximidade e comunitária, criativa, e de forte intermediação cultural nos territórios mais atingidos pela exclusão social. Ainda que a segurança pública, a dimensão sobre a qual mais os holofotes dos média incidem, mereça atenção, a importância do tema não nos deve levar a afunilar o debate. A satisfação da necessidade de segurança é básica e prioritária no contexto das necessidades humanas. A (in)segurança merece por isso uma abordagem em todas as suas dimensões. Por vezes esquecemos que a maior causa de morte por homicídio em Portugal é a violência doméstica ou que a (in)segurança rodoviária mata cerca de mil pessoas por ano e metade delas dentro das localidades.

Humberto Candeias

Deputado Municipal do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal do Barreiro

Membro da Concelhia do BE-Barreiro



A qualidade dos projectos urbanísticos no Barreiro…

A qualidade dos projectos urbanísticos depende da nossa escala de valores. Valorizamos o ecletismo e a miscigenação sociais ou a segregação dourada dos condomínios privados? Que importância atribuímos ao enquadramento de uma habitação? Dispõe de um parque infantil, jardim e espaços comerciais nas proximidades? Etc...etc…? O Barreiro tem tido, em geral, maus projectos urbanísticos. A escassez de zonas verdes distribuídas pelo parque habitacional, de equipamentos e de espaço público qualificado constitui um legado terrível. Actualmente penso que existe uma preocupação com este estado de coisas e que se procura fazer melhor, mas ainda com pouca materialização. A obra de Malangatana foi um gesto no sentido certo, mas mal aproveitada considerando a sua “invisibilidade”na localização concreta escolhida. A especulação fundiária e imobiliária é muito difícil de vencer. Continuamos a assistir a construções incríveis em cima do rio, destruindo a paisagem. Os cidadãos continuam a não ser convidados a apreciar todas as novas urbanizações e deviam sê-lo. Em cada Junta de Freguesia deveriam existir maquetas dos novos projectos e os cidadãos terem oportunidade de os apreciar. É preciso assegurar que os novos projectos urbanísticos projectem a identidade cultural do Barreiro e não sejam apenas meros projectos comerciais.

Humberto Candeias

Deputado Municipal do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal do Barreiro

Membro da Concelhia do BE-Barreiro



O terceiro sector: riscos e oportunidades em tempo de crise

As ONG`S têm vindo a assumir novas responsabilidades neste período de emergência social em que vivemos. A mais valia da proximidade junto das comunidades locais, da capacidade de realização e dinamização social, fazem destas organizações entidades chave no suporte às pessoas em situação de vulnerabilidade, nomeadamente por razão de desemprego ou pobreza. No momento em que as entidades ex-libris do capitalismo financeiro arruínam países e milhões de famílias, são as ONG`S, instituições sem fins lucrativos, que contribuem, diariamente, também em Portugal, para elevar a coesão social e dignidade humana.

A importância do papel destas associações e cooperativas merece uma nova abordagem política. A contratualização do estado com estas organizações para a realização de projectos e serviços no domínio social não pode ser determinada por uma necessidade de embaratecer o custo dos serviços públicos. Algumas modalidades de cooperação e financiamento a estas instituições evidenciam um claro sub-financiamento, quer em instalações e equipamentos, quer no funcionamento. Uma política que reconheça com propriedade a autonomia e o alcance da intervenção das ONG`S investirá na sua qualificação e avaliação e não favorecerá o desenvolvimento de actividades em condições precárias e sem o necessário enquadramento técnico e formativo.

O alargamento e diversificação da Economia Social pode vir a constituir uma alternativa ao actual modelo económico gerador de profunda injustiça social e insatisfação humana.

A crise também é um momento de crescimento.

Qual é papel que a Economia Social quer ter na sociedade em que vivemos?


Humberto Candeias

Deputado Municipal do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal do Barreiro

Membro da Concelhia do BE-Barreiro

sábado, 13 de fevereiro de 2010



Mudar o sistema

Não mudar o clima









No debate estiveram Rita Calvário (deputada do Bloco de Esquerda na Assembleia da República) e Ricardo Coelho(participante na Cimeira de Copenhaga).


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


A deriva autoritária

por Carlos Correia

Concelhia Distrital do BE-Barreiro

Farto de que o meu amigo Belegário me saturasse os ouvidos martelando ininterruptamente na tecla: “ eh, Pá, tu não gramas o homem”, arrumei, por uns tempitos a necessidade de reacção escrita aos acontecimentos e deixei-me pastorear vagares sem qualquer sentimento de responsabilidade social. Fui fazendo a vida naquela do deixa lá ver se o Belegário tem razão; se o homem não é nada daquilo que eu penso, digo e escrevo e se não será a minha má vontade, ou um arreigado preconceito, que me obriga a ver constantes intenções malévolas em quase tudo quanto a criatura faz.

Os dias foram passando e veio a Face Oculta, o drama do orçamento, o caso Crespo, a tragédia da Lei de Financiamento das Regiões Autónomas, o Conselho de Estado, as pressões das agências de “rating”, as veladas ameaças de demissões e a publicação, no Semanário Sol, de parte das escutas feitas às personagens requentadas que rodeiam o nosso primeiro-ministro.

Pensei: “vai-te lixar Belegário, o erro não está em mim, mas sim no sujeito verdadeiramente (ir)responsável por toda esta confusão”. O meu engano, se tal tropeção cometi, é não ter sido suficientemente cáustico, nem deter a eficácia necessária para, tal Zeus irado, fulminar com verbo mais penetrante a couraça de desvergonha daquele pequeno Berlusconi.

Sempre lhe reconhecemos um inveterado pendor para confundir a democracia com a sua vontade própria. Parecia-nos estar mal apetrechado para uma sã vivência democrática, mas lá íamos aguentando naquela de reconhecer como defeitos, em certo grau toleráveis, de alguns espíritos com ânsias de poder, uma necessidade grande de empolamento pessoal, de disposição predatória, de vontade de conquista de estatuto perene. Ora, com é sabido, estas, quando intensas, são mais disposições de regimes monárquicos absolutos, de governos autoritários auto-eleitos, que de gente predisposta ao jogo democrático de obtenção e perda de poder - conforme a vontade expressa dos cidadãos - constantemente limitado por fiscalizações e regras, nunca transmissível e sempre, sempre, precário.

Dá-se mal com estas questões o nosso governante. Direi mais! Pensa-as obstáculos à efectivação da sua grandeza, da qual não duvida por sempre reafirmada pela pouco interessante trupe, daquelas coisas rasteiras, que o rodeia.

Já tínhamos estranhado as posições equívocas no agendamento, discussão e reprovação de leis claras contra a corrupção. Aos nossos olhos ingénuos não se tornava perceptível a razão de a um discurso oficial moralizante não sucederem acções conducentes à eliminação dessas práticas lesivas do bem público. Sentíamos a injustiça de experimentar quanto a crise pesava em números de desempregados, de desesperos, de aperto económico da maioria da população; de como os direitos sociais iam sendo diminuídos por falta de dinheiro e como patifarias feitas em bancos particulares se tornavam em prioridades económicas e em sorvedouros de fundos sempre disponíveis. Não percebíamos também como se congelavam salários e pensões ridículas e não se agia sobre as pensões sumptuárias, os “offshores” e não se taxavam as mais-valias da especulação bolsista.

Mas um dia, ao ler um livro de que não recordo o nome, fiquei esclarecido. Dizia o autor, reportando-se a tempos idos, que a diferença entre os governantes aristocratas e os republicanos era muito simples. Enquanto os primeiros já tinham fortunas consolidadas e só procuravam mais poder e aumento de estatuto, os outros, além de querer o mesmo que os aristocratas, tinham ainda de conquistar as suas fortunas. O pouco tempo que tinham para o fazer não dava aso a grandes sofisticações de métodos. Sendo simplista não deixa esta explicação de nos pôr a pensar sobre a verdadeira razão das coisas.

Pois, é! O mal da governança é de que não durando todo o tempo, cria maus hábitos. Como passar, de repente, das alturas do poder para a rasteira vida civil? Se a grande parte destes zelosos servidores do Estado não têm, ou não se lhes conhece, outras quaisquer competências? Ou se as têm diminuídas como suportar a ignomínia de andar de cavalo para burro? Nós compreendemos que têm de tratar da vidinha. No fundo são simples mortais com os comezinhos problemas de pagar a casa, a saúde, a alimentação, os estudos etc.. etc.. etc.. Só não compreendemos nem aceitamos que para conseguir tais desideratos tenha a democracia que ser ultrajada, o Estado que ser degradado e as misérias económicas e morais sejam a regra e não a excepção.

Com a centenária República neste estado quem se admira que o vulgo se refugie numa saudade doentia de pessoas, que só por esquecimento e por comparação com a mesquinha actualidade sobrevivem e que deveriam, para sempre, estar sepultada no mais fundo inferno da lembrança das gentes.

Publicado in “Rostos on line” – http://rostos.pt

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Por Paula da Costa
Secretariado da Concelhia BE-Barreiro


Citando Fernando Nobre, na sua intervenção de 23 de Outubro de 2009, no III Congresso Nacional dos Economistas, “acham que algum de nós viveria com 450 euros por mês?”, sublinho e assino por baixo (se ele me der autorização)

Pois é, meu caro Fernando Nobre, nenhum “deles” viveria com isso…

E o que dizer das reformas de absoluta miséria de muitos, mas mesmo muitos dos nossos idosos – que mal têm dinheiro para os medicamentos, quanto mais para comer!

Dizias tu que neste nosso país “não é um estado viável” – claro que não! Onde a justiça social é uma utopia. Onde a pobreza envergonhada, aquela onde os nossos velhotes, muitas vezes de lágrimas nos olhos, pedem fiado nas farmácias e nas mercearias e onde há reformas de mais de 20.000 euros por mês.

O Estado que não proteger as franjas mais desprotegidas não merece ser estado.

Como dizia Gandhi “o que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons”

Bem hajas pelas tuas palavras de indignação.

Link para o artigo de Fernando Nobre


DEMOCRACIA DIRECTA

Por Rosário Vaz

Secretariado da Concelhia do BE-Barreiro;

Eleita pelo BE na Assembleia Municipal do Barreiro;



Acabámos de assistir ao que poderíamos dizer, com propriedade, “a montanha pariu um rato”, quando o Governo Sócrates fez crer que ia ouvir a oposição para decidir sobre o que havia de ser o Orçamento do Estado.

Efectivamente, aquilo a que assistimos, mais não foi do que uma farsa mal desempenhada, diga-se em abono da verdade.

Num primeiro olhar, constata-se que a Esquerda, consubstanciada no Bloco de Esquerda e no Partido Comunista Português, se demarcou de um Orçamento que não traz ao povo português a menor das alterações para a sua situação de desemprego e de pobreza; num segundo plano, vemos o PSD e o CDS em disputa pela afirmação das suas propostas de direita. E afinal, em que ficámos? Em nada mais do que nada, para além do que já estava determinado, mas o suficiente para que o Orçamento fosse aprovado e as políticas de manutenção de um “status quo” de miséria vingassem, a todo o custo.

Mais perto de todos nós, teremos, muito em breve, oportunidade de conhecer e debater o Orçamento para o nosso Município. Este é, sem dúvida, um momento crucial para a definição de políticas e prioridades para o nosso concelho.

Os eleitos para a Assembleia Municipal irão, necessariamente, pronunciar-se sobre ele. E a restante população não terá nada a dizer ou deixa por mãos alheias aquilo que lhe diz tão directamente respeito?

Sempre defendi que a participação nos órgãos autárquicos é da maior importância democrática; neste momento, e no caso da discussão de um instrumento que mexe com o futuro de todos, penso que mais do que isso, seria importante a auscultação dos barreirenses e, aí sim, teríamos um Orçamento participativo, um Orçamento que corresponderia aos anseios dos cidadãos.

É tempo de afirmarmos a nossa democracia, não só nos momentos eleitorais, mas sobretudo em acções concretas, diria mesmo, não critiquemos, em vão, o que se passa no Governo Central, para, localmente, nos demitirmos das nossas responsabilidades.


A CIDADE E O RIO

Por Jorgete Teixeira - Concelhia do BE-Barreiro

Se é certo que não se pode mudar a mentalidade das pessoas de um dia para o outro, também é verdade que a Avenida da Praia não tem estruturas para conseguir competir com outros locais mais apelativos. As pessoas preferem concentrar-se junto aos Fóruns, frequentar as ruas mais comerciais ou de intensa diversão nocturna.

Estou estacionada ao lado das Piscinas Municipais, em frente ao rio, e olho extasiada a paisagem à minha frente.
Lisboa é a cidade da luz: o casario branco estende-se desde a ponte Vasco da Gama, mais distante, com o seu traçado etéreo, quase irreal, até à ponte 25 de Abril, mais próxima, e segue pela margem esquerda, Almada, Amora, Seixal.
A maré está vazia: o rio recuado mostra uma zona larga de baixios, povoada de gaivotas que voam baixo ou se detêm, bicando no lodo, à procura de alimento. Bandos de limícolas rasam a água voltejando em círculos e uma garça cinzenta, mais ao longe, de porte altivo, movimenta-se com um andar cadenciado, quase em câmara lenta. Os homens também estão presentes, são às dezenas partilhando a lama, curvados, à procura sabe-se lá do quê.
Passam dois catamarãs ao longe, um para lá outro para cá, levando e trazendo gente com suas secretas alegrias e tristezas, unindo as cidades.
Sinto-me alheia a tudo, sentada no meu automóvel, protegida do frio, num espaço e num tempo que é só meu. Apenas a paisagem à minha frente me atinge pela brutalidade da luz e a largueza do horizonte.
Não sei nada das vidas das gentes de um lado e do outro do rio. Aqui não chega a humanidade. Nada sei dos anseios que os movem, nem os dramas que os consomem, nas casas, nas ruas, nos hospitais. Também nada sei das alegrias, dos amores mais ou menos secretos, do trabalho, e das canseiras na labuta do dia-a-dia, das negociatas, dos crimes.
Só a cidade grande me seduz, muda e resplandecente na sua brancura.
Ponho-me a pensar no lado de cá e nas pessoas que habitam esta cidade subalterna, que vive em função da outra, de costas para o rio que as une, indiferente à paisagem.
Quantas cidades no mundo terão o privilégio de ter uma vista assim? E no entanto, nós, os que aqui vivemos, só por acaso nos detemos neste local.
Se é certo que não se pode mudar a mentalidade das pessoas de um dia para o outro, também é verdade que a Avenida da Praia não tem estruturas para conseguir competir com outros locais mais apelativos. As pessoas preferem concentrar-se junto aos Fóruns, frequentar as ruas mais comerciais ou de intensa diversão nocturna.
Cabe aos responsáveis autárquicos implementar medidas que possam conduzir a uma mudança de atitude. Abrir a cidade ao rio. Fazer com que as pessoas participem activamente na discussão e na planificação da sua cidade, que aprendam a conhecê-la e assim, a amá-la.
É verdade que já se deram alguns avanços significativos, nomeadamente no que diz respeito à requalificação das zonas ribeirinhas, incluídas no Programa Polis, mas acho que é preciso fazer mais: chamar as pessoas a este lado, revitalizar a zona com cafés e esplanadas, comércio, dar mais visibilidade a algumas actividades já existentes, ao exemplo do que se faz noutros sítios.
Ao olhar a paisagem que se espraia à minha frente, penso quão grave é desperdiçar um tesouro destes e como seria bom que as gentes desta terra olhassem o rio como uma mais-valia e não apenas como a ponte que nos leva para o outro lado.


Conferência de Imprensa - 1 de Fevereiro 2010

Apresentação da nova Concelhia do BE-Barreiro,

eleita a 9 de Janeiro 2010













Constituição da Concelhia BE-Barreiro:
Ana Paula da Costa
André Soares
Carlos Correia
Humberto Candeias
Manuel Sabino
Maria do Rosário Vaz
Maria Jorgete Teixeira
Maria José Marques
Mário Durval

                  Secretariado:

                  • Ana Paula da Costa
                  • André Antunes
                  • Manuel Sabino
                  • Maria do Rosário Vaz

                  Intervenção de Rosário Vaz - (Secretariado da Concelhia)

                  Depois de, um curto espaço de tempo, termos sido chamados às urnas, por três vezes, em 2009, não podemos deixar de constatar que este foi um ano de afirmação do Bloco de Esquerda, enquanto força partidária, e de confirmação da justeza das suas propostas, quer a nível europeu, quer a nível nacional, quer a nível autárquico.

                  Tendo em consideração a sua ainda curta experiência, mas a importância que atribuímos ao trabalho de proximidade com os cidadãos, é, efectivamente a nível autárquico que o Bloco pensa ter um caminho a fazer e a aprofundar.

                  Por essa razão, o BE-Barreiro iniciou um processo de mudança que já começou a ter visibilidade: passou a sua sede de um espaço fechado e pouco visível para um lugar que é, para nós paradigmático do Barreiro que precisa de mudar. Estamos agora sediados no Barreiro Velho e queremos, com isso, significar a valorização desta zona nobre da cidade e, a partir daqui, iniciar novos processos de intervenção.

                  Para além da mudança de sede, elegemos uma nova concelhia, tendo em conta os novos desafios que se nos colocam. Um deles tem a ver com a aposta no trabalho com os jovens e, por isso, da faz concelhia faz parte, pela primeira vez, um jovem. Outro aspecto visível nesta nova concelhia, tem a ver com as questões organizativas internas, facto que consideramos da maior importância para esta nova etapa do BE-Barreiro. Sinal dessa organização é a presença nesta Conferência de Imprensa, de um grupo de 4 pessoas que constituem o Secretariado da Concelhia. A concelhia tem 9 pessoas, e destacamos que 4 são mulheres, e temos a certeza de que, no seu todo, ela será a garantia de um conjunto alargado de valências e capacidades de intervenção local, desde a mais directamente ligada ao trabalho autárquico, até ao trabalho em problemáticas como a Saúde, o Ambiente, a Educação e Cultura, etc.

                  O BE-Barreiro assume como um grande desafio o contributo a dar no perspectivar da nova cidade que se adivinha poder vir a nascer no enquadramento, em sentido lato, do Arco Ribeirinho Sul, com todos os investimentos programados neste contexto.

                  É para o BE-Barreiro uma grande motivação de trabalho, a valorização e o destaque das múltiplas potencialidades do Tejo, continuando a trabalhar no sentido da criação de um Centro Científico e Cultural do Tejo, questão que já foi objecto de discussão pública, num Seminário realizado, implementado por nós, no passado 2009.

                  É claro, portanto, que o BE-Barreiro está apostado na mudança, impondo-se a si próprio e aos que o acompanham de mais perto, um programa de acção e de forte implantação local.

                  Link para "Rostos"






                  12 Dezembro 2009
                  Inauguração da nova Sede Concelhia do Bloco de Esquerda-Barreiro




                  Travessa da Vitória, nº7 - perto do Largo Rompana,no Barreiro Velho

                  Tivemos dois momentos importantes na inauguração:

                  1 - Conferência de Imprensa - Apresentação da nova sede
                  2 - Visita guiada a tod@s @s presentes ao Barreiro Velho - visita conduzida por Cagoz Gonçalves

                  Mário Durval salientou, que a abertura desta nova sede concelhia é uma demonstração da renovação e crescimento do Bloco de Esquerda.