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AFINAL,
Num plano a quatro anos- PEC- o Plano de Estabilidade e Crescimento, o governo consagra um extenso programa de privatizações, cada uma delas a menos compreensível para um país que precisa, como de pão para a boca, de desenvolvimento económico e de rentabilização das suas empresas.
Fala-se, à boca cheia, da importância do TGV, da linha ferroviária para a futura nova ponte sobre o Tejo e, pasme-se, no rol das ditas privatizações, lá vem a CP e a EMEF!
Entendamo-nos!
Como vem sendo largamente reconhecido, a ferrovia é hoje, em termos de mobilidade, um serviço público essencial e com um papel cada vez mais importante, no futuro, tanto por razões económicas, como ambientais.
Se assim é, investir na ferrovia, na sua requalificação e expansão só poderá ser entendido como um desígnio que aponte para uma visão de futuro.
Acontece que, contrariamente a isso, o governo de Sócrates vai apostando no desmoronamento desta perspectiva, deixando para trás, um pouco por todo o país, a reestruturação das linhas do Caminho de Ferro. Veja-se, por exemplo, o que se passa com as linhas do Tua, do Tâmega e Corgo, ou com a linha do Oeste.
E no Barreiro, o que vai acontecer, após as privatizações anunciadas da CP e EMEF?
Que planos estarão escondidos por detrás deste desinvestimento?
Parece claro que qualquer coisa que aí venha, será sempre contrário à criação de um sector público ferroviário, coeso e dinâmico, propiciador da criação de emprego e qualidade na mobilidade dos cidadãos.
Neste mapa de contradições, só podemos perguntar-nos, afinal, em que ficamos?
ROSÁRIO VAZ
Deputada Municipal do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal do Barreiro
Membro da Concelhia do BE-Barreiro
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